ALERTA SOBRE O RISCO DE TRANSMISSÃO VERTICAL DA FEBRE DO OROPOUCHE
O Ministério da Saúde emitiu um alerta para mulheres grávidas, sobre o risco da transmissão vertical da Febre do Oropouche, ou seja, da gestante para o feto. Após o Instituto Evandro Chagas detectar anticorpos do vírus em amostras de um caso de aborto e em outros quatro casos de microcefalia, a pasta recomendou que as unidades da federação intensifiquem a vigilância em saúde nesse sentido. No entanto, ainda não há confirmação de uma relação direta entre a infecção e as malformações neurológicas.
Entre as medidas orientadas pelo Ministério da Saúde estão o reforço na vigilância durante o final da gestação e o acompanhamento dos bebês nascidos de mães que tiveram dengue, zika, chikungunya ou febre do oropouche, com coleta de amostras e preenchimento de fichas de notificação. O Sistema CFF/CRFs conclama os farmacêuticos a contribuir com as medidas de vigilância, principalmente na orientação às pacientes e no encaminhamento aos serviços de saúde, de casos suspeitos identificados na rotina das farmácias.
A febre do oropouche é transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, popularmente conhecido como maruim. Os sintomas da doença são similares aos da dengue e chikungunya, incluindo dor de cabeça, muscular e articular, febre, tontura, dor atrás dos olhos, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos.
Até o dia 6 de julho deste ano, o Brasil registrou 7.044 casos da febre do Oropouche - 743% a mais do que o acumulado de 2023, quando foram contabilizados 835 casos. De acordo com o órgão, neste momento, a transmissão da doença ocorre em mais da metade do país. Os estados são Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Tocantins. Antes, os casos ficavam restritos ao Norte do Brasil.